Fala pessoal, bora aproveitar essa quinta para falar um tiquinho sobre um filme que
veremos com certeza na premiação do careca dourado? Vocês sabem, aquele evento que
premia um filmes de alguém dirigindo um carro sempre que foge de premiar o Spike Lee
hahahahaha.
"Ninguém mais nesse mundo sabe o que é ser um de nós, exceto nós" e não é isso mesmo
que é a verdade? Escolher a frase do diálogo que culmina na frase "Poder para povo Negro"
não foi fácil, porque essa belezura tem tanto diálogo bom que tô perdido ainda.
A gloriosa estreia de Regina King como diretora é uma vitória maravilhosa para uma mulher
que já mostrou a muito que é excelente atriz, e se você não se lembra dela aqui vão alguns
filmes com ela que eu gosto muito:
Boyz n the Hood (Os donos da Rua 1991), Friday (Sexta-Feira em Apuros 1995), Enemy of
the State (Inimigo do Estado 1998), Down to Earth (O Céu deve pode esperar 2001), The
Boondocks etc.
E agora ela vem dirigindo esse roteiro de Kemp Power que traz como personagens 4
grandes nomes Negros, Muhammad Ali (Eli Goree), Malcon X (Kingsley Ben-Adir), Sam
Cooke (Leslie Odom Jr) e Jim Brown (Aldis Hodge), em uma noite que deveria ser de
comemoração e virou um grande debate, visões diferentes da mesma luta.
Não é um filme com muito ação se por acaso é o que você está esperando, mas os diálogos
são simplesmente sensacionais e mesmo assim, o filme me pegou já na apresentação dos
quatro, principalmente na de Jim Brown quando o velho fala dele não poder entrar na casa,
que me trás aquela sensação ruim que tive uma vez a muito tempo atrás quando, entrei no
Shopping Pátio Paulista com meu primo, o segurança nós seguiu até o momento em que o
vendedor da TIM o informou que compramos um celular a vista no débito e a de Malcon X
que é o diálogo com sua esposa Kareem X onde eles falam dos podres da Nação
Muçulmana que me lembrou quando me afastei da Igreja, não pela religião, mas por ver a
maldade das pessoas, traído pelos que diziam ser amigos e julgado por muitos outros,
todos que dizem seguir os ensinamentos de Jesus, mas são egoístas e julgam a qualquer
um que seja diferente, dói, mas fica uma maravilha no filme.
Enfim, temos os confrontos de ponto de vista, principalmente entre Malcon, o extremo
Radical com ódio de todo e qualquer branco, contra Sam que é acusado de não ajudar a
causa e ficar servindo os brancos com sua música ao invés de agir e usar o seu talento
para a Militância da causa. Jim e Cassius (Murramed Ali) ficam mais na deles durante todo
o filme, pois não estão nem de um lado e nem do outro, porém, são deles muitas das
melhores observações do filme, afinal nem um e nem outro, Malcon e Sam estão os dois
certos e errados ao mesmo tempo, podemos sim dizer a um irmão, lute, mas não devemos
dizer como ele deve lutar, essa luta é de todos nós para todos nós e por isso devemos fazer
da melhor forma para somar, mas isso significa também reconhecer nossos erros. No
entanto não podemos também achar que esconder nossas feridas e aceitar uma máscara
branca vai fazer com que tudo fique bem e Jim lembra isso quando fala que ele não é um
Herói do Futebol e sabe que tudo está bem enquanto ele está ganhando, assim como
Cassius lembra isso quando diz a Jim após ele revelar que fez um filme "quando você falou
Herói Negro eu já sabia que era Morto".
Fora tudo isso e muito mais o filme nos trás personalidade visual o que é ótimo, mesmo
que você não os conheça e que pegue o filme no meio e mudo, você vai saber pelo
comportamento e as roupas de cada um quem é o músico, quem é o lutador de boxe, o
jogador de um esporte coletivo com bola (assiste você vai entender hahaha), e o negro sem
um emprego, que é chato e quadradão, hahahaha (não me massacres eu gosto de Malcon X
embora eu esteja mais para Matin Luter King Jr).
E vou finalizar falando de música, golpe baixo senhor Malcom, jogar na cara de Sam que a
música Blowin` In The Wind de Bob Dylan tem mais conteúdo para causa do que todas as
deles, ele não te respondeu, mas eu te respondo o porquê, não é fácil para nenhum de nós,
arriscar ouvir, ver e sentir o que vem junto com o posicionamento, não somos aceitos, nem
nós mesmos conseguimos nos aceitar, afinal de contas oque tem de negro por aí que não
aceita o outro só porque ele tem a pele mais clara… imagine agora um músico.
Mesmo assim Sam termina o filme com a canção criada para o filme Speak Now e Ow…
Fico por aqui...
Por: K. Kong
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